Mal tínhamos saído da reunião e a Cida quis nos levar ali ao lado, do outro lado da rua, ao lado do campo de futebol, para ver jovens que fazem grafitis nos muros do vestiário. Justo o tempo de reengatarmos no português, de nos acostumarmos ao sotaque daqui. Ela nos falou um pouco da Ilha, um bairro dentro do bairro, cercado de todos os lados pela água e pelo aeroporto, um pouco mais pobre do que o resto de São Bernardo, e que acaba sendo muito isolado. Ninguém vai lá. A Cida insistiu para que não esquecêssemos seu bairro. É ali que ela vive, e ela sabe muito bem que as pessoas de São Bernardo têm medo de ir para lá. Iremos lá, amanhã a tarde, com ela como guia.
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On était à peine sortis de la réunion que Cida a voulu nous emmener tout près, de l’autre côté de la rue, à côté du terrain de foot, pour voir des jeunes qui font des graffs sur les murs du vestiaire. Juste le temps de remettre notre portugais en route, de nous faire à l’accent d’ici. Elle nous a parlé un peu de l’île, A Ilha, un quartier dans le quartier, coupé de tout par le cour d’eau et l’aéroport, un peu plus pauvre que l’ensemble de São Bernardo, et qui du coup est très isolé. Personne n’y va. Cida insiste pour qu’on oublie pas son quartier. C’est là qu’elle vit, et elle sait bien que les gens de São Bernardo ont peur d’y aller. On ira, demain après midi, avec elle comme guide.