histórias de São Miguel / histoires de São Miguel

A Isabelle leu e resumiu para nós um documento que conta a história de São Miguel:
1622 é a data oficial da fundação de São Miguel. Ela corresponde ao fim da construção da primeira igreja no sítio. Antes disto, os índios Guaianases ocupavam estas terras chamadas Ururai. Começa então a evangelização e também a decadência do aldeamento indígena. Os índios sofrem alto índice de mortalidade e também fogem para outras regiões, começa a miscigenação. Os escravos transportados da África para o Brasil vão plantar e cortar cana nesse território. Mas um século de plantação provoca o desgaste do solo. São Miguel vai estagnar até desenvolver outra atividade: tirar areia do rio, fabricar tijolos. No começo do século XX, São Miguel parece com muitas outras cidades do interior: um pouco mais de cem casas, poucos habitantes, não tem estrada, nenhuma infrastutura. O rio serve para o transporte da areia, dos tijolos e também dos produtos demandados por São Paulo. As margens do rio são agradáveis, um lugar para passear, nadar, fazer pique-niques. Em 1920, a construção da estrada entre Rio de Janeiro e São Paulo favorece a vinda de muitos nordestinos a procura de emprego. Nos anos 30, a fábrica Nitro Química atrai milhares de trabalhadores do Nordeste. Mas, apesar da usina, a falta de infraestutura continua grande e a população cresce bastante: em 1952, tem 40.000 habitantes. Em 1962 é criado o MPA (Movimento Popular Autonomista), sua proposta é implantar escolas, hospitais, delegacias… Depois de ter empregado até 9000 trabalhadores, a Nitro funciona hoje com 400 funcionários. Os comércios de São Miguel atendem tanto os moradores da cidade como os de outros bairros. Um grande número de ambulantes trabalham nas ruas. Existe hoje um projeto de reflorestamento com mata nativa nas áreas desafetadas da fábrica. O Instituto Alana existe desde 2002 e funciona em parceria com a NITRO QUÍMICA.

===========================================
Isabelle a lu, résumé et traduit pour nous un document qui raconte l’histoire de Sao Miguel :
1622 est la date officielle de la fondation de São Miguel, date de la fin de la construction de la première église. Jusqu’alors, les indiens Guaianases habitaient ces terres appelées Ururai. Commence alors l’évangélisation des Indiens… et leur fuite ou leur mort due aux nouvelles maladies « importées ». Puis aussi commence un processus de mixage des races. Par ailleurs, les esclaves transportés d’Afrique vont planter et couper la canne à sucre sur ce territoire. Mais un siècle de culture a rendu les sols stériles et São Miguel stagne jusqu’au début du 20ème siècle. La future megapole qu’est Sao Paulo a besoin de sable. Il sera extrait du fleuve Tietê. São Miguel devient aussi un lieu de production de briques. Au début du 20ème siècle, São Miguel ressemble alors à n’importe quelle autre ville de l’intérieur du pays : une centaine de maisons, peu d’habitants, pas de route, aucune infrastructure. Le fleuve sert pour transporter le sable, les briques mais aussi les denrées venues d’autres régions. Les rives du fleuves sont un lieu de détente. On peut s’y baigner, pique-niquer… En 1920, la construction de la route qui relie Rio de Janeiro à São Paulo favorise la venue de nombreux nordestinos à la recherche d’emplois. Ils élisent domicile à São Miguel où la vie est moins chère qu’à São Paulo. Dans le courant des années 30 , l’implantation de l’usine NITRO QUIMICA attire des milliers d’autres travailleurs du Nordeste. Mais malgré l’usine, dans les années 50 le manque d’infrastructures est toujours cruel et la population augmente : en 1952 il y a 40 000 habitants. En 1962 est crée le MPA (movimento populare autonomista) qui entend gérer la ville et va travailler à la mise en place d’écoles, hôpitaux, poste de police . Apres avoir employé jusqu’à 9000 travailleurs, la NITRO n’emploie plus que 400 personnes. Les commerçants de SÃO MIGUEL reçoivent aussi bien des habitants de la communautés que ceux des environs. De nombreux marchands ambulants travaillent dans les rues. Est en cours un projet de « reflorestation » avec des arbres da mata atlantica sur les zones désaffectées de l’usine. L’Institut Alana existe depuis 2002 et fonctionne en partenariat avec NITRO QUÍMICA.

0 réflexion au sujet de « histórias de São Miguel / histoires de São Miguel »

Laisser un commentaire

Votre adresse de messagerie ne sera pas publiée. Les champs obligatoires sont indiqués avec *

Ce site utilise Akismet pour réduire les indésirables. En savoir plus sur comment les données de vos commentaires sont utilisées.